quinta-feira, 23 de julho de 2009

O meu início

Cedo deparei-me com uma vontade enorme de transpor para o papel ou para a tela as imagens da minha cabeça, resultantes de tudo aquilo que os meus olhos captavam. Já na adolescência, as Belas artes constituíram uma forte possibilidade de formação posterior, mas tal acabou por se não verificar. Apesar dos estudos superiores numa área distinta, a paixão e interesse pela pintura acompanharam-me sempre.

A minha experimentação começou pela aguarela, técnica versátil e de preparação fácil. A minha proximidade ao meio natural e o gosto e interesse por aves e peixes preenchiam as minhas ideias de pintura aquosa. Posteriormente, começou a crescer em mim a vontade de experimentar o óleo, técnica a que me dedico em exclusivo actualmente. Com o óleo, sempre preferi distorcer propositadamente algumas das imagens que guardo na cabeça, razão pela qual as minhas preferências artísticas recaem mais sobre os grandes mestres nacionais e estrangeiros do Surrealismo, do Cubismo e do Abstraccionismo. Agrada-me sobejamente a liberdade que o óleo permite.

Em cada trabalho realizado, procuro sempre representar a ideia prévia que possuo, sabendo que a mesma toma o seu próprio rumo a partir do momento em que contacta a tela, interagindo com a mesma. A liberdade de texturas e materiais é total. Há um equilíbrio que deve ser encontrado. Uma harmonia de cores e formas que tem de ser estudada. A exigência dita uma dedicação contínua. A última palavra é sempre do espectador.


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